Motocicleta é igual bike: mais cedo ou mais tarde o condutor vai ter a triste experiência de cair. Para evitar danos maiores, listamos itens importantes que podem ser comprados sem gastar muito dinheiro.

Diariamente é comum cruzar com motociclistas que pilotam sem o mínimo de equipamento de proteção. O que poucos sabem é que não é preciso gastar muito para se equipar da maneira correta.

Segundo Maurício Salomão, do setor de marketing e vendas da loja Casa do Capacete, “para rodar com segurança, a conta ideal fica em torno de 10% do valor gasto na moto. Porém, em média esse porcentual não costuma passar de 5%. No caso de motos esportivas, é pouco para rodar bem protegido”, constata. Confira dez dicas para ficar bem na foto. Ou melhor, na moto!

1) O item fundamental
Capacete aberto é legal para mostrar o rosto, dar piscadinhas e se refrescar. Mas, esqueça esse tipo de casco para qualquer volta maior do que ir até a esquina, bem devagar. Em uma queda mais séria, modelos com a frente aberta protegem a nuca, mas não evitam de prensar o rosto contra o asfalto – ou guia – algo que pode deixar marcas permanentes, além de possível deslocamento da mandíbula, ou nariz e queixo “bipartidos”. No mínimo, invista em um modelo fechado que abre a dianteira – bem conhecido como Robocop – para uso urbano. Aí dá para erguer a frente e ventilar as ideias. Pelo menos enquanto estiver parado, esperando o sinal abrir.

2) Capacete confortável e resistente
Ao escolher um capacete, o mais importante é vesti-lo e se certificar de que está justo na cachola: cascos folgados podem sair voando em uma colisão. O ideal é escolher modelos mais claros – esquentam menos e são mais visíveis – com viseira ampla, que proporcione boa área de visão lateral. A maioria traz ventilação frontal e traseira. Normalmente os capacetes são feitos de plástico injetado. Os mais caros – leves e resistentes – utilizam multifibras, a exemplo de kevlar, carbono e zion em sua construção. Aqui não compensa economizar.

3)Óculos escuros
Prefira usar óculos escuro de acetato (tipo de plástico) por dentro do capacete. Segundo o óptico Daniel Madio, “em caso de impacto de algum objeto contra o óculos, há casos das bases da armação de metal penetrarem no nariz. Modelos de plástico, anatômicos junto ao nariz, não oferecem esse risco”. Ainda de acordo com ele, lentes de policarbonato são as mais resistentes contra impacto de objetos “voadores” – alguns suportam até tiros de calibre .38! Atualmente há capacetes com práticas lentes escuras retráteis, que dispensam uso de óculos escuros.

4)Calçado adequado
Incrível, mas é possível ver motociclistas pilotando com sandálias e até chinelos. Visto que uma das partes mais vulneráveis – e atingidas em quedas – são os pés e calcanhares, não pilote desprotegido. Use no mínimo um tênis reforçado (existem modelos próprios para andar de moto, a partir de R$ 400) ou uma bota (cano curto ou longo, entre R$ 450 e R$ 1.200) com reforços superiores. Dê preferência aos modelos sem cadarço, com os quais não se corre o risco de enroscar na corrente.

5) Jaquetas
Jaqueta apropriada já não é algo caro, e há diversas opções, indo da cordura ao couro – entre R$ 300 e R$ 2.400. Modelos de cordura (marca do tecido, como nylon) são resistentes; muitos trazem entradas de ventilação – além de suportarem chuvas medianas. Há também os modelos ventilados, para uso no verão, e os  impermeáveis. As proteções básicas costumam englobar reforços nos cotovelos, ombros e costas. Os níveis de proteção (e acabamento) aumentam de acordo com o preço.

6) Calças reforçadas
Jeans especiais para motociclismo são opções interessantes para usar no dia-a-dia. Muitos nem parecem ser especiais, mas têm tecido e costuras reforçadas, além de incorporar proteções (destacáveis) para os quadris e joelhos.

7) Roupa impermeável
Invista em um conjunto de roupa para chuva. Se já tiver uma jaqueta impermeável, ideal é adquirir ao menos uma calça. Normalmente de vinil, deve ser pouco maior que o comprimento das pernas, pela falta de flexibilidade do material na hora de se acomodar na moto.

8) Mãos também protegidas
Luvas são de suma importância, mesmo em passeios curtos. Modelos de couro oferecem maior proteção e seguram bem a chuva, portanto vale gastar um pouco mais neste tipo clássico – há também modelos de nylon, cordura impermeáveis. Se não aprovar o calor que elas geram, opte por um modelo de tecido com reforços para as palmas e parte superior dos ossos das mãos (as cabeças dos metacarpos).

9) Contra pés molhados
Polainas para os pés não encharcarem com a chuva devem ser eficientes – e não necessariamente bonitas. O ideal é terem abertura na parte traseira dos pés, de maneira a não escorregar ao apoiar a planta do pé no chão. Há também capas para botas, feitas de tecido sintético. As botas de couro têm como vantagem a resistência do material, além de suportarem boa dose de água e dispensarem as feias polainas.

10) Bagagem
Se você não gosta de baús balançantes e prefere a versatilidade de uma mochila, há modelos especiais para andar de moto. Eles trazem engates frontais para travar a bolsa contra o peito – evita da mochila querer voar – e até cobertura traseira impermeável.

Fonte: https://revistaautoesporte.globo.com/