Quando se pensa em escapamento é inevitável pensar no garupeiro. Você deve estar perguntado: “mas como assim?”. Às vezes, na garupa, é comum um ou outra pessoa queimar a “batata da perna” ao descer da moto. Por isso, segundo especialistas, a escolha do escapamento é fundamental para que não ocorra esse tipo de cena.

Entre eles, no mercado também existe a diferença entre o escapamento inox e o que vem com cobertura reforçada, ou seja, de um material de plástico apropriado para proteger quem vem atrás. Esses são os mais indicados para quem procura proteção.

“Embora mais bonito esteticamente, o escapamento cromado retém muito o calor, transfere este mesmo calor para a perna de alguns desavisado ou mesmo para aqueles que estão com pressa e descem repentinamente. Na prática, para quem vive o dia a dia no trânsito, os que sofrem mais são os que estão de bermudas”, ressalta Wilson Lopes, consultor técnico de motos há mais de 15 anos.

No mercado para motocicletas, seja de pequenas ou grande cilindradas, para quem procura, ele afirma que há dois tipos: o original e o esportivo.

A diferença é que o primeiro vem com catalisador – equipamento que filtra o ar – onde retém mais a fumaça e faz menos barulho e “ecologicamente o meio ambiente agradece”, completa o profissional

Já para quem deseja o escapamento esportivo a fórmula é o contrário. “Além de não possuir catalisador, aumenta consideravelmente a saída de fumaça, já que o orifício é bem mais aberto e o cano é maior e a pressão do motor é mais acentuada, forçando a saída de óleo”, pondera.

Dentre os cuidados que se deve ter com um, deles é sempre estar verificando o reaperto da descarga no cabeçote e se a descarga não está furada. “Caso isto não esteja em equilíbrio, consequentemente, fará um barulho anormal”, diagnostica o especialista.

Em Fortaleza, em média, um escapamento original, de motos de passeio, custa de R$ 130 a R$ 700.

Já os esportivos variam de R$ 400 a mil reais. Para Claudizio Duarte, chefe de oficina, a vida útil deste equipamento varia. Vai depender muito de como o piloto usa sua moto. “Conheço pilotos que com um ano tem que trocá-lo, como existem aqueles que só trocam com dois anos”, destaca o profissional.

Há pilotos também que gostam de trocar seu escapamento original pelo o que “ronca”, ou seja, o esportivo. Claudizio conta que o processo é simples, já que é só abrir o bojo e aumentar a saída, tirando as proteções.

Entretanto, Augusto César, vendedor, conta que quando o cliente opta pela troca numa moto zero-quilômetro, a fábrica retira a garantia, já que as características originais da moto foram alteradas.

Em termos de troca e de tempo, 20 a 40 minutos é o de espera para a troca de um escapamento em oficina. A peça pode variar de preço e tamanho, e de carro nacional para veículo importado.


Preferência: ao trocar algum componente do escapamento dê preferência à peças galvanizadas, pois a sua vida útil será maior

De olho bem aberto: sempre que possível, verifique os fixadores e abraçadeiras

Vazamento: caso o escapamento esteja vazando gases ou quebrado, pode ser necessário apertar as abraçadeiras, fixar os suportes ou mesmo realizar a substituição de alguma peça

Substituição: o recomendado pelos especialistas é substituir o escapamento quando ele apresenta problemas como trincas ou furos, normalmente devido à fadiga do material ou à corrosão

Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/