Uma premissa básica do trânsito é ver e ser visto. Como as motos são menores e podem se posicionar no ponto cego, manter os faróis ligados se tornou obrigatório aos motociclistas. Segundo o parágrafo único do artigo 40 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):

Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à noite.”

Assim, você deve ligar os faróis sempre que subir na moto. Para isso, você irá utilizar a chave de luz da sua motocicleta, que tem como função ligar e desligar os faróis, além de alternar entre luz alta e luz baixa.

Entretanto, existe uma certa confusão em torno de qual luz utilizar em cada situação. Para desmistificar o assunto, vamos às características de cada uma delas:

Lanterna ou luz de posição

Foi desenvolvida para conferir visibilidade mesmo com pouca iluminação e deve ser utilizada quando a moto estiver parada.

Farol baixo

É a luz com a menor potência dos faróis e seu uso é obrigatório, seja de dia ou de noite.

Farol alto

Ao contrário da anterior, é a luz mais forte dos faróis. Por sua potência, ele acaba atrapalhando a visão dos outros veículos que trafegam em sentido contrário e deve ser desligada nessas situações.

Ao mesmo tempo, eles pioram a visibilidade em casos de neblina ou chuva.

Luz de neblina

Com um nome autoexplicativo, a luz de neblina é a melhor escolha para situações em que há neblina. Isso porque ela é projetada para espalhar os fachos de luz, tornando o veículo mais visível aos demais.

Existem diversos tipos de lâmpadas que podem ser utilizadas de acordo com o modelo da sua moto. Contudo, suas características influenciam no tempo de vida útil, assim como na natureza e potência da luz obtida.

Por isso, muitas pessoas optam por utilizar lâmpadas de LED, que possuem maior luminosidade e são mais econômicas.

Porém, é importante ter cuidado com a resolução do Contran, que proíbe a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou sinalização de veículos por outras de potência ou tecnologia diferente da original.

Cuidados com os faróis

O sistema elétrico deve ser checado nas revisões periódicas, para verificar possíveis oxidações ou erro de voltagem. Como qualquer outra parte da moto, os faróis estão sujeitos ao desgaste natural das peças, tendo durabilidade média de um ano. Porém, isso pode variar de acordo com o modelo ou utilização do veículo.

Em caso de troca de lâmpadas é essencial verificar a potência indicada pelo fabricante para sua moto, uma vez que a voltagem acima da original pode causar danos à bateria e aos refletores.

Ao mesmo tempo, é importante ter em mente que não apenas as lâmpadas determinam a eficiência do farol.

Fatores como as condições do refletor e da lente, além do nível da bateria também podem fazer com que a intensidade da luz diminua (ou que o farol nem chegue a ligar).

Em todo caso, a manutenção desse sistema não chega a ser trabalhosa nem cara ao motorista.

Mesmo com os faróis em perfeito estado de funcionamento, é inegável que o uso de roupas sinalizadoras ajudam (e muito) na visualização dos motociclistas, principalmente à noite. Isso acontece porque elas são projetadas para refletir a luz do farol, tornando a pessoa “iluminada”.

Fonte: https://albamoto.com.br