Veja o que considerar na hora de escolher a moto ideal para a cidade:

1) Potência
No caso de uma motocicleta para uso na cidade, potência em excesso pode ser um estorvo, mas a falta dela também é fonte de problemas. Metrópoles têm vias expressas, e nelas o ritmo é intenso, rock’n roll puro. Em algumas, a velocidade máxima é de 90 km/h, o que não dá chance às máquinas menores, cujos motores de 50, 100 ou até mesmo de 125 cc não conseguem rodar nesse ritmo com desenvoltura adequada. Assim, se nos trajetos que você pretende percorrer há vias de transito rápido, escolha uma moto capaz de rodar a 90 km/h preservando alguma reserva de potência, sem ficar “estrangulada” (no limite da força). Isso é sinônimo de segurança.

2) Tamanho
Outro aspecto positivo para rodar em trânsito pesado com uma moto é estar visível para outros veículos. Além de manter luzes de posição ligadas, como manda a lei, uma moto maior é notada com facilidade e, assim como na selva de verdade, na selva do trânsito tamanho é, sim, documento. Ele impõe respeito ao restante da “matilha”, porém, cuidado para não exagerar.

3) Peso
Uma moto para uso urbano tende a percorrer trechos curtos e é frequentemente estacionada. Nesse para e anda, se a moto for muito grande e, consequentemente, pesada, complica a vida do usuário, mesmo se ele tiver um físico de lutador de MMA.

Assim, buscar um modelo que seja adequado ao seu porte físico e habilidade é uma boa atitude. Outro aspecto em que peso demais atrapalha é na maneabilidade. Trafegando entre carros, quanto menor a massa do veículo, mais fácil será o ato de manobrar, mudar rapidamente de direção, frear e voltar a acelerar.

4) Altura
Ver o trânsito de cima é tentador. Sobrevoar espelhos retrovisores empunhando um guidão alto é uma das chaves do sucesso de motos trail (uso misto), cada vez mais usadas na cidade, mas, atenção: alcançar facilmente o solo é importante! Manobrar uma moto na tranquilidade da sua garagem já exige habilidade e esforço se a sua perna veio mais curta do que as suas pretensões motociclísticas. Imagine então tentando estacionar sua moto-girafa em uma rua íngreme e com chão irregular. Altura excessiva não atrapalha só nessas horas, mas também nas frequentes paradas para respeitar sinais de trânsito e no serpentear entre os carros parados, quando é comum ter de apoiar um ou até mesmo os dois pés no chão.

5) Calor
Ao ponto ou bem passado? Dependendo da moto que você escolher, essa pergunta, que cairia bem na boca de um garçom tirando seu pedido na churrascaria, passará pela sua mente toda vez que o trânsito apertar e as suas pernas começarem a fritar. Infelizmente, alguns modelos não foram pensados para rodar em baixa velocidade no caos urbano da hora do rush. Sendo assim, para não incorrer em uma compra infeliz, informe-se. Procure ler testes completos que levam em conta esse importante detalhe, avisando quais modelos encaram melhor o infernal para-e-anda, sem que você se sinta uma picanha na grelha da churrasqueira.

6) Posição de pilotagem
As motos estilo custom chamam atenção e estão cada vez mais na moda. Melhor exemplo desta “casta” são as Harley-Davidson e suas clones. O estilo custom implica em uma posição de pilotagem pouco adequada para encarar o trânsito, uma vez que as pernas e braços esticados à frente fazem com que o peso do corpo grave sobre o final de sua coluna vertebral. E daí? Daí que cidades são mal pavimentadas, e motos custom não costumam ter suspensões muito macias e nem de longo curso, capazes de filtrar as irregularidades do solo. Ou seja, logo uma dor lombar estará no seu destino.

 

 

Fonte: g1.globo.com