Parabéns, você comprou a moto dos seus sonhos. E agora?

Seguidas à risca essas dicas, elas garantirão que estes primeiros momentos não sejam traumáticos. Vamos lá…

1) PRATIQUE EM UM LUGAR SEGURO

Por mais que você se ache talentoso (ou talentosa), que tenha recebido elogios do instrutor da moto-escola e que passado de cara no exame para obtenção da CNH, lembre que apenas a experiência – quilômetros rodados – fará de você um (ou uma) motociclista de verdade, capaz de encarar as mais diversas situações. A receita ideal é começar praticando em um local tranquilo, com pouco ou nenhum movimento. Estacionamentos vazios são ideais assim como pátios ou ruas largas sem tráfego intenso. O objetivo é adquirir alguma intimidade com os comandos da moto, treinar a importante coordenação entre mãos, que comandam guidão, acelerador, embreagem e freio dianteiro e pés, encarregados do câmbio e freio traseiro. Quando estiver razoavelmente seguro, progrida gradualmente: vá à ruas mais tranquilas, depois às mais movimentadas, avenidas e, por fim, vias expressas e rodovias. Quanto mais gradual, melhor. Não tenha pressa de ganhar o mundo pois de moto ele já é seu!

2) FREIE CERTO

Nesses primeiros quilômetros “sentir” como cada comando reage é fundamental. Entre todos eles, os mais importantes são os que atuam na frenagem. Possivelmente você já deve ter ouvido que o freio principal de uma motocicleta é o traseiro e isso é ERRADO. A verdade é exatamente oposta, ou seja, será sempre o freio dianteiro o responsável em maior grau por uma desaceleração consistente, cabendo ao freio traseiro uma espécie de papel coadjuvante, na proporção de 70% da força para o dianteiro e 30% no traseiro. Há, porém, exceções: em pisos de baixa aderência (areia, terra, cascalho) o ideal é dosar a frenagem de modo que a ação incida de maneira igual em ambas as rodas. Para aprender a frear treine frenagens começando bem devagar, alternando cada um dos comandos, traseiro e dianteiro, para entender como cada um atua. Em seguida, passe a frear com ambos dosando a força do modo indicado acima.

3) EQUIPADO, SEMPRE

Capacete, luvas, jaqueta e calça com proteção nas articulações e bota que ao menos cubra seus tornozelos: esse é o modelito padrão de todo o bom motociclista. A escolha destes equipamentos deve levar em consideração não apenas fatores estéticos mas de adequação ao clima e conforto. Um capacete bonitão nem sempre é o melhor, e por melhor entenda um que se ajuste de forma exata a sua cabeça, sem pressão desconfortável, mas principalmente sem folga. E quanto ao resto do equipamento, há no mercado uma extensa oferta de trajes específicos para motociclistas, e a escolha deve ter com critério a sábia parceria entre conforto e proteção.

4) OLHO NO PISO

Ter apenas dois pequenos pontos de apoio com o solo dão às motos uma estupenda agilidade além de maneabilidade divertidíssima. Mas o lado ruim é a sensibilidade a defeitos da pavimentação. Como evitar problemas? Todo motociclista que se preza tem de aprender onde “pisar”. Desviar de irregularidades e buracos é a parte mais óbvia. Menos simples é perceber que aquele asfalto mais escuro logo à frente pode ser uma mancha de óleo, ou que o melhor lugar para colocar os pneus quando se segue um veículo qualquer (principalmente em piso molhado) é exatamente no “trilho” deixado por quem nos antecede.

 

Fonte: www.tudodemotos.com.br