Desde que a primeira moto foi vendida, em 1894, sempre existiu alguém pilotando rápido em busca de adrenalina. Prova disso é o mítico Isle of Man TT, que foi organizado pela primeira vez em 1906, apenas 12 anos depois dessa tal primeira venda. Entre o início do século XX e o final da 2ª Guerra Mundial, as pessoas corriam com motos por estradas, campos e pistas de terra por toda a Europa. Em 1949, essas corridas tornaram-se (mais ou menos) oficiais e o esporte que hoje conhecemos começou a tomar forma.
Antes do início da temporada de 2019 de MotoGP no dia 10 de março, vale a pena acompanhar como a motovelocidade se tornou no fenômeno que é hoje.

1949: O nascimento (não oficial) da MotoGP

A Federação Internacional de Motociclismo (FIM) foi fundada em 1949 e organizou aqueles que seriam os primeiros campeonatos para as categorias de 125cc, 250cc, 350cc e 500c (ah, e de 600cc com sidecar). A primeira corrida foi organizada no já famoso percurso do Isle of Man TT.
O britânico Leslie Graham, que pilotou Lancaster Bombers durante a 2ª Guerra Mundial, venceu o primeiro título de 500cc numa AJS. O seu compatriota, Freddie Frith, conquistou o título inaugural de 350cc numa Velocette.

1950–1975: Domínio italiano

Nos primeiros 26 anos da categoria de 500cc, as fabricantes italianas conquistaram títulos 24 vezes. A histórica MV Augusta foi particularmente dominante, vencendo o seu primeiro campeonato em 1956 e somando títulos consecutivos entre 1958 e 1974. Entre os seus campeões estão os britânicos John Surtees (4 títulos) e Mike Hailwood (4) e o italiano Giacomo Agostini (7).
Noutras classes a competição era muito mais aguerrida, com construtoras como a Honda, Suzuki, Norton e NSU conquistando troféus.

1961: Os motores a dois tempos e a ascensão das equipes japonesas